09 dezembro 2013

HISTÓRIA DO CERCO DE LISBOA...




...Foi assim que, na senda de Raimundo Silva e do seu relato da Lisboa do Cerco na Lisboa de hoje, de porta em porta de muralha, de vestígio em vestígio de cerca, torre, postigo, adarve; por arcos, escadas, pátios, becos, ruas e ruelas, acabámos por percorrer gostosamente alguns quilómetros da (des)conhecida Alfama, cujo nome percebemos ter origem na localização de termas e banhos (hammam) da mourisca Al Usbuna... Mais uma surtida notável da comunidade, a propósito de um livro, de um autor, de muitas ideias, sobre ficção, sobre literatura; sobre História, entretecida esta com outras e variadas estórias. E muita amizade!

14 comentários:

Custódia C. disse...

"... ao cimo um poderoso pano de muro, carcomido na base, estas são pedras verdadeiramente, estão aqui há nove ou dez séculos, se não mais, no tempo dos bárbaros, e resistem, aguentam impávidas ... "

Assim está escrito no livro ...~

Uns séculos depois, foi em busca da história contada por essas pedras, que fomos!
Dia excelente, com uma luz solar fantástica e uma companhia do melhor. Repito o que já disse, nota 10 para o inquérito de satisfação :)
A repetir!

Maria Amélia disse...

Esse é um inquérito elementar de satisfação, tipo, Que tal, gostaram? mas na verdade poderia ser mais detalhado, se parâmetros houvesse a classificar, por exemplo, desta vez, se o caso fosse, teríamos uma nota baixa para o piquenique...largamente compensada pela nota alta da iniciativa em si mesma, que bem haja e não se acanhe na réplica, por outras e variadas ou repetidas paragens.

Manolo dos Piqueniques disse...

Nota baixa para o piquenique? Essa é de morrer a rir! Lol, relol, :), ah!ah!ah!

Manola dos figos disse...

As iguarias do piquenique foram magníficas. Vivam os figos e quem deles se lembrou e quem os comeu!!!

MANOLO disse...

M. dos Figos: Gostei muito daquela referência a Edrisi, produzida algures no Arco Escuro. O Ibn Anrique de Saramago fez-me lembrar o Ibn Mucama de Alcabideche, tudo gente grada... O piquenique foi magnífico, mas não atingiu a cota dos piqueniques dos caminhantes de Sintra, essa plêiade de amantes da Natureza que balançam inquietantes esconjuros com calóricos lanches ajantarados. Seja tudo pela salvação das almas, que os corpos já estão irremediavelmente perdidos.

Custódia C. disse...

Figos ... iguaria mourisca muito a propósito para aquela demanda. Ainda bem que gostaram.

Quanto ao mais, nunca me passou pela cabeça que piqueniques pudessem ser causadores de tão eruditos comentários :)

MANOLO, proprietário absentista disse...

Na lista do bazar & café ZAZOU havia aguardente de figo, não sei se repararam... Quanto a figos propriamente ditos - aliás, passas - levarei às apreciadoras uma amostra de produção artesanal das minhas figueiras do Alto Ribatejo. É só esperarem por dia 27, que antes não vai ser possível. Verão a diferença.

Zé Ausente disse...

Definitivamente não entendo a redução dos comentários à dimensão de um "piquenique", quando tanto haveria a dizer sobre os trajectos de Raimundo Silva nesses belos e ancestrais recantos desta Lisboa antiga de nove séculos.
Incapacidades minhas com certeza.
Aos MANOLOS, em particular ao "proprietário absentista", deixo um pedido; que traga mais amostras da sua produção (de preferência nozes - se as tiver, claro!) para que alguns apreciadores as possam saborear.
A todos um grande Abraço.

Manuel Nunes disse...

Bem observado, Zé Ausente. Só se lembram do petisco, talvez influenciados por aquela passagem do livro em que o revisor vai almoçar a uma casa de pasto da Rua de S. João da Praça: carapaus fritos com arroz de tomate e salada, as tenras folhas do coração da alface. Ou então é por causa do Restaurante Come Petisca Paga Vai Dar Meia Volta, mesmo ao lado das Portas do Mar, restaurante que quem já lá almoçou sabe chamar-se simplesmente Reviravolta.

Manuel Nunes disse...

E acrescento: não há pachorra!

Zé António disse...

Não há mesmo!
Quando a fome aperta ou se tem de comer qualquer coisa, uma bifana, ou um prego, é suficiente. Come-se de pé e segue-se marcha para o próximo Arco, Viela, Escadinhas, Pátio, Travessa ou Rua.
Comida é apenas energia.
Convívio é caminho e "...se hace el camino al andar...".

Custódia C. disse...

Oh Zé Ausente

Não te deixes iludir pela redução dos comentários ao piquenique.
Foi muuuuuuito mais do que isso !!!

E para a próxima torna-te Zé Presente, pode ser ?

:)

Paula M. disse...

Ausente também, no remanso dos lençóis,tossindo e espirrando, espero que tenham apreciado a nossa Al Usbuna,espraiando-se sobre o Tejo, para além dos figos. Agora é época de crise...n/ dá para grandes petiscadas.
Oh manolo, traz lá mais figos do Ribatejo e nozes tb, se faz favor para dia 27 ;)

Lady Mary disse...

Sim, claro, forneçam-se bem para o complemento do "jantar" de 27, que essa de comer qualquer coisa e andar, é bom para os ausentes. E eu, que não sou de modas dessas, tenho pensado, confesso, mais no que se poderá morfar do que no livro que me falta ler--isto, claro, para perdição da minha alma, acreditando antes na salvação do corpo, para já.