29 outubro 2014

LEIO, LOGO PENSO

«Um jovem sedutor disse-me um dia: "Casa quantas vezes quiseres, mas promete-me que só eu vou ser o teu amante". Ele estava a parafrasear Oscar Wilde, mas o seu apelo melancólico continha um desejo ardente: desejo de alguma estabilidade num mundo instável. Se o casamento já não dá essa estabilidade, então, talvez as aventuras amorosas a garantam.» -- ERICA JONG, O que querem as mulheres?, Capítulo 14, "O homem perfeito". 
Li ontem e logo pensei que tem muito a ver com aquele discurso sobre o peso e a leveza do ser. Desculpem se me enganei.

5 comentários:

Custódia C. disse...

Eu sou tão terra a terra ... que tenho dificuldade em entender estas dúvidas existenciais :)

Joca disse...

OMG! A ler este tipo de livros? E atreves-te a criticar Murakami? E relacionas estas brilhantes ideias com o Kundera...fantástico. :) Sem mais comentários. Ao menos, não sou um robô...

Manuel Nunes disse...

Não percebo o preconceito, nem sei o que tenha a ver esta citação com o Murakami. Falo deste livro e não, por exemplo, de "Paraquedas e Beijos", romance que, de resto, li. :) Há que estar atento a estas tendências...
Quanto aos robôs, dão muito jeito. Até há aquela canção: "Olhó robô, etc e tal. :) :)
1860, já me safei, é fácil de digitar :)

Maria Amélia disse...

Disto é que eu (mulher, já agora)gosto: saber que há quem veja coisas fantásticas onde eu não descortino nada. Às vezes, para além de surda, sou cega! Siga a marinha, que o conceito de kitsch, afinal...

Manuel Nunes disse...

Mª Amélia, tenho aqui "A arte do romance" na minha mão. A definição de kitsch - que consta de um ensaio de Hermann Broch, citado por Kundera - tem muito que se lhe diga. Vai ler, se apanhares o livro, p. 155.