08 fevereiro 2015

Samarcanda




Iluminura persa



Samarcanda, cidade das encruzilhadas de rotas e impérios, de «(...) densos vergéis e cristalinos riachos. Depois, aqui e além, o arremesso de um minarete de tijolo, uma cúpula cinzelada de sombra, a brancura de um muro de belvedere. E, à beira de um lago, acobertada pelos chorões, uma banhista nua que expunha a sua cabeleira ao vento abrasador.» Amin Maalouf, Samarcanda, p. 21.
Entre reis mongóis e e príncipes seljúcidas que ascendem como uma onda, para se desfazerem em pó, entre belas cidades, onde o sol  faz refulgir os azulejos esmaltados e os amantes se escondem nos jardins perfumados, seguimos o sábio Omar Khayam:


Azulejo de Kashan
Que homem jamais transgrediu a Tua Lei, diz-me!
Uma vida sem pecado, que gosto tem ela, diz-me!
Se punes pelo mal o mal que eu fiz,
Qual a diferença entre ti e mim, diz-me!

O nosso livro transporta-nos para uma diferente cultura, para o fascinante e encantado Oriente, que tem captado as imaginações ocidentais (o tal Orientalismo tão criticado por Edward Said, como estereótipo prejudicial à região). Pode ser que Said tenha razão, mas o encanto provém também da admiração por uma cultura com um passado florescente.


Kashan, nicho de oração, finais do séc. XIII. Museu Gulbenkian, Lisboa



Samarcanda (?) pintura do séc. XIX Vasily Vereshchagin, 
Ispaão- Praça de Naqsh Jahan  de Pascal Coste , início do séc. XIX

Bucara- muralhas

Horoscope of Prince Iskandar, grandson of Tamerlane, the Turkman Mongol conqueror.

Bowl with prince on horseback, Seljuq period (1040–1196), 12th–13th century. Metropolitan Museum , N. Y.




2 comentários:

Joca disse...

Muito bem. Onde andam mais historiadores (as)?

Custódia C. disse...

Tudo isto promete. E vamos ter mais histórias, que eu sei :)