21 janeiro 2011

CRISTO E ENDOVÉLICO

Cabeça do deus Endovélico, século I d. C., mármore

Portalegre e a Casa-Museu de José Régio; S. Miguel da Mota (Alandroal) e o local onde estaria o santuário pré-romano do deus Endovélico.
Régio era um heterodoxo que coleccionava Cristos, mas só acreditava no Cristo humano, não no divino; e os Romanos eram uns ortodoxos que acreditavam em todos os deuses, até nos dos povos que iam submetendo.
Dará isto para uma passeata de Primavera?
Triste do desassossegado Bernardo Soares que só sabia viajar com a alma!

5 comentários:

Custódia C. disse...

Apoio desde já a sugestão! Quando este gélido Inverno passar, vai apetecer-nos e muito sair para outras paragens. Régio e Romanos soa-me a boa opção :)

Maria Amélia disse...

Há anos que S.Miguel da Mota chama por mim! Anseio por imaginar naquele ermo, com aquelas engmáticas bases de pedra, o Templo, ou o que quer que fosse, tão significativo quanto a essa fabulosa heterodoxia dos romanos, o sentido da aculturação! Régio, sempre, com o que ele acreditava ou não, embora sempre o ache muito soturno. Mas sobretudo, apoio uma surtida de Primavera, mas também de Inverno, qual é o problema? É marcar, é marcar, e embarcar!

Joca disse...

Todos os lugares chamam por mim. E todos os lugares não chegam para mim. Vamos numa qualquer estação. Quem lidera? Quem organiza? Eu também quero ir!

João António disse...

Bora lá malta! O caminho faz-se andando, já é velho, mas convém não esquecer.

Eu não sei que tenho em Évora...

O Régio, p´lo que me é dado aperceber em «O Jogo da Cabra Cega», faz aquilo que eu mais aprecio na amizade: dá pistas na senda do Cristo que há em cada um.

Manuel Nunes disse...

Cum caraças, João! Como eu gostava de acreditar no Sermão da Montanha! Como me puxa a índole para os ritos dionisíacos, só consigo entusiarmar-me com as Bodas de Caná. Aquilo é que foi um milagre, caramba!
Quanto ao Régio, a história é outra: os Cristos são de pau, mas deles nasceram poemas.
Pelo entusiasmo que aqui vejo, acho que mem vamos esperar pela Primavera. Será que desta vez, só por um dia, a Câmara nos dá uma carripana? Toni, nosso adido cultural, põe-te em campo que a coisa urge.