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“Estrada da Beira, Dezembro, mil novecentos e sessenta: é um dia cinzento, cai uma chuva miudinha, Lázaro Asdrúbal olha tristemente as águas barrentas do Mondego, que vêm da serra carregadas de destroços. Conseguiu finalmente falar com o Chefe, teve de esperar quase quinze dias, apesar da urgência. Veio de propósito de Luanda para o informar do levantamento que se prepara no Norte da Província. Agora tem de guardar a resposta só para si: «Deixe andar, é um sacrifício necessário, só assim poderemos contar com o apoio do país e do Ocidente.» Os óculos na ponta do nariz, os esses quase assobiados. Lázaro Asdrúbal não esquecerá a frieza, a secura e a determinação dos olhos de peneireiro com que o Chefe o fitou…”
1 comentário:
Haja quem comece. Boa leitura!
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