No livro, Héloïse é uma personagem enigmática. Não se percebe bem o que andou a fazer lá pelas ilhas gregas no iate do milionário Zeppo. Em Belle Ombre tinha um quarto próprio, e embora o marido (o excitante Ripley) acreditasse na sua fidelidade, não deixou de estranhar a jaqueta da marinha americana que ela trazia sobre o corpinho no dia do regresso a casa. (Naquele tempo da Grécia dos coronéis, a armada dos States devia ter apreciável número de homens nas águas do Mediterrâneo…). Quase sempre dócil, houve um momento, porém, em que mostrou a sua fibra: quando obrigou o marido a escolher entre ela e o fou (Bernard ) – e saiu porta fora para casa dos pais. Gostei bastante desta personagem. E os meus companheiros de leitura?
M.N.
Blogue da Comunidade de Leitores da Biblioteca de S. Domingos de Rana - Cascais - Portugal
25 janeiro 2009
"Azul Cobalto" ("Ripley Under Ground") de PATRÍCIA HIGHSMITH
(no papel de Héloïse no filme Ripley Under Ground)
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1 comentário:
É um livro que se lê com imenso prazer. As cenas ligam-se de forma plana como se lêssemos BD. Para mim, há uma personagem plena de ensinamentos, Bernard. Um autêntico marionete, vítima dum talento que não soube usar.
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