Como a autora refere, o relato autobiográfico nunca é fidedigno. Interpõem-se entre o narrador (autobiógrafo) e os factos narrados os ponderosos efeitos da memória e da selectividade (por vezes inconsciente). É por isso que de acordo com Jean Starobinsky, um estudioso de literatura autobiográfica, a imagem do eu transmitida na autobiografia não é dissociável de um certo coeficiente de alteridade.
Isto para dizer o quê? Que estoy encantado com o livro da Rosa Montero, e que apesar de tudo o que se diz sobre a impostura inerente aos escritos autobiográficos, me pareceu muito sincero e corajoso o capítulo 3, aquele em que a autora, com vinte e três anos, se envolve sexualmente com o actor de cinema M.
Uma boa surpresa este livro que já li até metade. Lá estaremos dia 18, no nosso espaço de livros e emoções.
Isto para dizer o quê? Que estoy encantado com o livro da Rosa Montero, e que apesar de tudo o que se diz sobre a impostura inerente aos escritos autobiográficos, me pareceu muito sincero e corajoso o capítulo 3, aquele em que a autora, com vinte e três anos, se envolve sexualmente com o actor de cinema M.
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M.N.