O contraste, confesso, é banal. Vida e morte, ora bolas! Quando queremos ser realistas o que se descobre é sempre a trivialidade. No tasco do Manel Madraço, a cinquenta metros da igreja, a máquina automática de tocar discos já berra, histérica, o "Marina, Marina, Marina". Crianças enroupadíssimas correm umas atrás das outras. O céu está carregado mas não chove. As crianças, claro, riem-se.
ALEXANDRE PINHEIRO TORRES, Espingardas e Música Clássica, Lisboa, Editorial Caminho, 1987, p. 235.
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