Vicente da Bufarda metendo o olho no desbragado tutilimúndi.
Se aos menos desse para ver as carnes da Banza ou os alvos folhos da roupa
interior de Miquelina Violante – mas não, apenas monumentos e paisagens
anódinas do vasto mundo da imperfeição humana. Lisboa e Chão de Couce estavam
muito up to date naquele tempo
desvairado de corcundas e malhados. Porém, cá para mim não há nada que chegue ao Aleph
do Borges, ou a um bom voyeurismo… Cala-te boca, que ainda te mandam para o divã
do psicanalista.
(Livro do mês: Paulo Moreiras, O Ouro dos Corcundas, Alfragide, Casa das Letras, 2011)
(Livro do mês: Paulo Moreiras, O Ouro dos Corcundas, Alfragide, Casa das Letras, 2011)
2 comentários:
Se for preciso, chama-se já o espírito do Dr. Breuer...
O Dr. Breuer! Com tantas cenas já me tinha esquecido dele. Mas o homem também era um doente. Em caso de necessidade preferia chamar o espírito do Nietzsche.
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