10 maio 2012

O TUTILIMÚNDI

Vicente da Bufarda metendo o olho no desbragado tutilimúndi. Se aos menos desse para ver as carnes da Banza ou os alvos folhos da roupa interior de Miquelina Violante – mas não, apenas monumentos e paisagens anódinas do vasto mundo da imperfeição humana. Lisboa e Chão de Couce estavam muito up to date naquele tempo desvairado de corcundas e malhados. Porém, cá para mim não há nada que chegue ao Aleph do Borges, ou a um bom voyeurismo… Cala-te boca, que ainda te mandam para o divã do psicanalista.

(Livro do mês: Paulo Moreiras, O Ouro dos Corcundas, Alfragide, Casa das Letras, 2011)

2 comentários:

Custódia C. disse...

Se for preciso, chama-se já o espírito do Dr. Breuer...

Manuel Nunes disse...

O Dr. Breuer! Com tantas cenas já me tinha esquecido dele. Mas o homem também era um doente. Em caso de necessidade preferia chamar o espírito do Nietzsche.