Depois da leitura do intenso Philip
Roth em A Mancha, que nos leva, entre outras mil reflexões, a
questionar o nosso (re)conhecimento europeu de uma América do Norte real
e histórica, eis uma oportunidade para ouvir (e viver) uma interpretação
desse Novo Mundo, com a Sinfonia de
Dvořák... No Largo já nosso conhecido, dia 12, 21.30h... Mas com aquele
intervalo de espera que sabemos.
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Concerto
para Oboé e Orquestra
Antonín Dvořák (1841-1904)
Sinfonia
n.º 9 ("Novo Mundo")
Durante a primavera e
o verão de 1777, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) ocupou-se com a escrita
do Concerto para Oboé em Dó maior, K. 314 que ofereceu ao
famoso oboísta italiano Giuseppe Ferlendis. Com três andamentos cuja duração
não excede 20 minutos, este concerto, um dos mais importantes no repertório de
oboé, foi dado como perdido durante quase 150 anos, tendo sido redescoberto em
1920 pelo maestro Bernhard Paumgartner. A Sinfonia n.º 9 em Mi menor,
op.95, mais popularmente conhecida por Sinfonia do Novo Mundo,
foi composta por Antonín Dvořák (1841-1904) em 1892 durante a sua estadia nos
Estados Unidos quando o compositor foi convidado a fundar o Conservatório
Nacional de Música, precursor da atual Juilliard School of Music. Esta sinfonia
com quatro andamentos, a última de Dvořák, foi estreada com estrondoso sucesso
no Carnegie Hall de Nova Iorque em 1893. As críticas, altamente elogiosas,
definiram a obra como sendo uma nobre composição de proporções heróicas,
inspirada na beleza dos espirituais negros e em canções das plantações.
Contudo, e segundo palavras do próprio compositor, a sua intenção foi apenas
escrevê-la de acordo com o espírito das melodias nacionais norte-americanas.