03 julho 2018

UM OLHAR SOBRE O NOVO MUNDO


Depois da leitura do intenso Philip Roth em A Mancha, que nos leva, entre outras mil reflexões, a questionar o nosso (re)conhecimento europeu de uma América do Norte  real e histórica, eis uma oportunidade para ouvir (e viver) uma interpretação desse Novo Mundo, com a Sinfonia de Dvořák... No Largo já nosso conhecido, dia 12, 21.30h... Mas com aquele intervalo de espera que sabemos.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Concerto para Oboé e Orquestra

Antonín Dvořák (1841-1904)
Sinfonia n.º 9 ("Novo Mundo")

Durante a primavera e o verão de 1777, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) ocupou-se com a escrita do Concerto para Oboé em Dó maior, K. 314 que ofereceu ao famoso oboísta italiano Giuseppe Ferlendis. Com três andamentos cuja duração não excede 20 minutos, este concerto, um dos mais importantes no repertório de oboé, foi dado como perdido durante quase 150 anos, tendo sido redescoberto em 1920 pelo maestro Bernhard Paumgartner. A Sinfonia n.º 9 em Mi menor, op.95, mais popularmente conhecida por Sinfonia do Novo Mundo, foi composta por Antonín Dvořák (1841-1904) em 1892 durante a sua estadia nos Estados Unidos quando o compositor foi convidado a fundar o Conservatório Nacional de Música, precursor da atual Juilliard School of Music. Esta sinfonia com quatro andamentos, a última de Dvořák, foi estreada com estrondoso sucesso no Carnegie Hall de Nova Iorque em 1893. As críticas, altamente elogiosas, definiram a obra como sendo uma nobre composição de proporções heróicas, inspirada na beleza dos espirituais negros e em canções das plantações. Contudo, e segundo palavras do próprio compositor, a sua intenção foi apenas escrevê-la de acordo com o espírito das melodias nacionais norte-americanas.

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