A
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“Procuro
com a mão o despertador que está a tocar há mais de meio minuto. Encontro-o entre um livro e um copo
de água que me colocam todas as noites sobre a mesinha de cabeceira. Carrego
num botão e o silêncio volta a entrar no meu quarto. Sei que já não posso
adormecer. O meu despertador toca invariavelmente às oito da manhã, todos os
dias faça sol ou faça chuva.
É
uma das invariáveis da minha vida, tão invariável como o amor da Fernanda, como
os jantares de família nos dias santos, como o som do piano da vizinha aos
Domingos…”
In
“Um Homem não Chora” de Luis de Sttau Monteiro”
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