Blogue da Comunidade de Leitores da Biblioteca de S. Domingos de Rana - Cascais - Portugal
30 abril 2022
O Velho Que Lia Romances de Amor - Filme
28 abril 2022
O Velho que lia Romances de Amor
No romance, ficamos a saber
como António Bolivar fez a sua formação de leitor. Passou 5 meses numa escola
de El Dorado onde a professora o deixou usar a sua biblioteca que continha
cerca de 50 volumes.
Entre tudo o que leu acabou
por ser o romance “O Rosário” de Florence
Barclay o que mais o cativou.
“…O Rosário, de Florence
Barclay, continha amor, amor por todos os lados. As personagens sofriam e
misturavam a sorte com os sofrimentos de uma maneira tão bela que se lhe
embaciava a lupa de lágrimas.
A professora, não de todo de
acordo com as suas preferências de leitor, permitiu-lhe que levasse o livro, e
com ele regressou a El Idilio para o ler mil e uma vezes diante da janela…”
In “O Velho que lia Romances
de Amor” de Luís Sepúlveda
Las gaviotas (As gaivotas)
Las gaviotas
Todas las tardes
se reúnen las gaviotas
frente a la estación del tren:
Allí repasan sus amores.
En su libro de memorias
dos flores de sándalo:
una señala la página de los puentes,
otra la de los suicidas.
Y también guardan una fotografía
del mendigo que, hace tiempo, transportaba
los despojos del mercado.
Pero su pequeño corazón
-que es el de los equilibristas-
por nada suspira tanto
como por esa lluvia tonta
que casi siempre trae el viento,
que casi siempre trae el sol.
Por nada suspira tanto
como por el inacabable
(cabalé, cabalá),
continuo mudar
del cielo y de los días.
No romance de Sepúlveda “História de uma Gaivota e do Gato…”, há uma referência ao escritor basco Bernardo Atxaga e ao seu poema “As Gaivotas”. Este serve de inspiração ao humano que vai ajudar o gato Zorbas a ensinar a gaivota Ditosa a voar. Fiquei curiosa e procurei o poema completo que apenas encontrei em castelhano. E ainda bem! A sonoridade da língua mãe dá-lhe todo um outro élan...