Esta é a Luísa operária de Gedeão, não a Luiza burguesa de Eça de Queiroz.
Para 29 de Julho vamos ter “O Primo Bazilio” na nossa sessão de leitura. Um ajustamento do programa que se justifica, dado o encontro recente com a personalidade de Emma Bovary. Livros que despertam livros, leituras que chamam leituras: a infinita tela de poemas e ficções.
4 comentários:
Manuel, sempre providencial...
De vez em quando voltamos ao Eça, parece infalível. Fazê-lo a propósito de Emma e do seu autor, de um movimento literário, artístico, tão marcante como o realismo, é sintomático de uma forma de ler que talvez devêssemos ponderar, pois me parece estar mais perto do nosso jeito comum.
Isto implica uma maior flexibilidade da programação anual, ou uma maior atenção e cuidado de antecipação destas coincidências. Não acham?
Como eu gosto desta Luisa de Gedeão!
Luísa sobe, sobe a calçada, carrega um livro, de afogueada.
Luísa lê livros, sempre que pode. Luísa entende, mas não diz nada.
Cresce-lhe um fogo de entendimento.
Falta-lhe a força de movimento.
Sobra-lhe a força de alguma acção.
Estoura-lhe em força uma oração.
Luísa sobe, sobe a calçada, onde vai ter já lhe interessa.
Anda Luísa, Luísa é forte, caminha em frente, e já não tropeça.
Bem, parece-me que este leitor não é de agora, mas de sempre.
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