20 novembro 2012

Uma muito jovem Clarice Lispector:

«(...) o baton escurecido em mancha velha de sangue, o rosto esbranquiçado sob os cabelos...(...)» in Perto do Coração Selvagem

11 comentários:

Manuel Nunes disse...

Boa,Paulinha! Bem-vinda ao clube dos colaboradores do blogue!
Esta imagem da Clarice é quase igual à que figura na capa da minha edição de "O Lustre" (Relógio D´Água): apenas uma diferença mínima na expressão do olhar.
Acho que não há escritor(a)[digo escritor(a), não escrevente] cuja imagem tenha sido tão explorada em sede de edição. Veronica Lake... :)

Custódia C. disse...

Paulinha, conseguiste !!!
É um prazer voltar a ler-te por aqui e ainda por cima a propósito de uma mulhe de garra como é a Clarice :)
Bem vinda!

Joca disse...

Bem vinda, Paula. Joana retratada em jeito de auto-retrato da Clarice. :)

Paula M. disse...

Olá Companheiros do Blog,

A Clarice, para lá de toda a sua complexidade interior, era uma mulher, muito interessante, até misteriosa, interior e exteriormente.

Quase uma Verónica Lake de film noir, não é Manel ;).

Manuel Nunes disse...

Vou menos pelos mistérios da Clarice e mais pelo que a sua escrita parece ser: - um desfibrilador da consciência.
(O que é que isto quer dizer? - Não sei bem.)

Maria Amélia disse...

Desculpem lá, vocês andam todos a apanhar bonés...tal como eu!

Manuel disse...


Amélia: É preciso não esquecer o estudo cromático de Bach e a condição da música como categoria do pensamento (depois posso tentar explicar).
A tia era flácida, o Otávio duro, o professor luminoso, a mulher do professor penumbrosa...
Feia menina, aquele mau hábito de escutar às portas, e ainda por cima roubadora de livros!
--- Como vês, estou a compreender quase tudo!
Depois do desfibrilador (?) inventado por esse Adamastor aí de cima, toma lá mais esta para classificar a narrativa: um espelho poliédrico!
É difícil não se gostar.

Paula M. disse...

Gostei do desfibrilador de consciência...

A apanhar bonés...sempre :)

Maria Amélia disse...

"Desfibrilador" : sou atacada pela imagem, provavelmente imprópria, de umas pás elétricas a fazerem saltar, em alta voltagem, neste caso, a horrorizada consciência, tão sossegadinha, a desfiar memórias inconsúteis... Por isso, não me agrada, lamento e mais: protesto!

Manuel disse...

Protestos só se aceitam em frente da Assmbleia da República.
E, por favor, oiça no youtube o "Gorjeio da Primavera" de Christian Sinding, executado ao piano pela prima Isabel - capítulo ... Otávio ... (não é oitavo, é Otávio).

Maria Amélia disse...

Para aceitar receitas espiritual- auditivas era preciso um pouco mais de acuidade... Mas obrigada, não sei se me salve, ou me ponha a salvo.
(Isto, se existe salvação)