Não a abrir, mas lá mais para a frente do primeiro capítulo:
"... Quando as galinhas começavam a postura, o mudo levantava-se muito cedo, com as cautelas e o alvoroço de um ladrão. Safava os ovos do galinheiro, escondendo-os nas abas enfunadas da blusa, e negociava-os com as criadas das casas ricas. Elas, apesar de enjoadas com o cheiro daquele corpo imundo, tinham de lhe apoiar as mãos sobre os ombros, apaziguando o terror do mendigo de que alguém o denunciasse ao sobrinho. Só deixava de fazer sinais de recato, quando sentia o apoio dessas mãos;..."
in "A Noite e a Madrugada" de Fernando Namora - Capítulo I
1 comentário:
Lido o 1º capítulo.
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