"PLaying the whist", Boris Kustodiev, 1905
“ …Schwarz não descera. Esperava-o no patamar. Piotr Ivanovitch
percebeu logo o que o retinha: queria combinar o local onde pudessem, mais
tarde, jogar uma partida de whist…
…. Compreendeu que Schwartz pairava acima daquelas coisas, e
não se entregava a impressões acabrunhantes. O simples aspecto dele dizia que o
incidente do funeral de Ivan Ilitch não teria força bastante para alterar o a
ordem dos acontecimentos, isto é, nada o impediria de pegar no baralho, à
noite, e embaralhar as cartas, enquanto um criado colocava velas novas na mesa;
em suma, não havia motivos para supor
que as exéquias iriam impedi-los de passar o serão agradavelmente, como sempre
o faziam. E foi, aliás, o que ele sussurrou a Piotr Ivanovitch, convidando-o a
participar numa partidinha em casa de Fiódor Vassílievitch.
Mas,
segundo parece, o destino não traçara para Piotr Ivanovitch, naquela noite, um jogo de
cartas …”
... Na nova cidade, a vida de Ivan Ilitch também se organizou muito agradavelmente: a sociedade que se opunha discretamente ao governador era amável e coesa, o ordenado era mais alto, e iniciou-se no whist, mais uma fonte de prazer, pois era um jogador nato, sabendo enfrentar os riscos com bom humor, raciocinando com prontidão e esperteza as suas jogadas e, por tal, sempre bem feliz nos ganhos..."
... Na nova cidade, a vida de Ivan Ilitch também se organizou muito agradavelmente: a sociedade que se opunha discretamente ao governador era amável e coesa, o ordenado era mais alto, e iniciou-se no whist, mais uma fonte de prazer, pois era um jogador nato, sabendo enfrentar os riscos com bom humor, raciocinando com prontidão e esperteza as suas jogadas e, por tal, sempre bem feliz nos ganhos..."
in "A Morte de Ivan Ilitch" de Leon Tolstoi
1 comentário:
Li esta tarde, gostei muito.
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