Abri ao acaso e li:
"...Surpreendeu-me a nitidez das minhas recordações a partir daquele momento. Adquirira uma consciência mais viva dos outros, de mim mesma. A espontaneidade, o egoísmo fácil sempre foram, para mim, um luxo natural. Sempre vivera. Ora os últimos dias tinham-me perturbado o suficiente para me levarem a reflectir, a ver-me viver. Passava por todas as angústia da introspecção sem, contudo, me reconciliar comigo mesma..."
in Bom Dia, Tristeza de Françoise Sagan
2 comentários:
Já li a Primeira Parte, o posfácio de Jorge Reis-Sá e o relatório do censor José Augusto B. P. de Melo (capitão) sobre a edição portuguesa da Parceria A. M. Pereira: «Será, a meu ver, de proibir, em vista das consequências possíveis ou prováveis da sua leitura por gente moça, entre a qual está tendo larga difusão.» Despacho de 7-12-54: «Proibido». Muito agradável esta edição com a sua boa encadernação e as ilustrações de Mily Possoz.
...E eu, armada em nem sei quê, a ler em francês. Tempos de verbos que não sei como foram traduzidos. Também difícil de entender hoje, escândalos (da edição em França) e proibições, pidescas e não só.
Enviar um comentário