02 março 2021

26 de Março - ”O Velho e o Mar” de Ernest Hemingway



Abri ao acaso e li:

“… As nuvens por cima de terra erguiam-se agora como serranias, e a costa era apenas uma longa linha verde com os montes azuis-cinzentos por detrás. A água era agora de um azul-escuro, tão escuro que era quase púrpura. Ao olhar para o interior das águas via o vermelho peneirar do plâncton nas águas sombrias e a estranha luz que o sol fazia. Observava as linhas, para vê-las sumir-se da vista pela água abaixo, e sentia-se feliz por ver tanto plâncton, o que significava peixe. A estranha luz do sol nas águas, com o sol já mais alto, queria dizer bom tempo, e o mesmo dizia a forma das nuvens sobre a terra. Mas o pássaro estava quase a perder-se ao longe, e nada aparecia à superfície das águas senão alguns sargaços amarelos e queimados do sol, e a purpurínea, pomposa, iridescente, gelatinosa vela de um argonauta flutuando junto do barco. Deitou-se de lado e depois endireitou-se. E flutuava consoladamente como uma bolha, com os seus longos e mortais filamentos cor de púrpura vogando um metro atrás na água…”

In ”O Velho e o Mar” de Ernest Hemingway– Edição “Livros do Brasil” Lisboa, pág.40


As sessões presenciais continuam suspensas, mas os livros estão disponíveis por aí para serem lidos…

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