27 fevereiro 2021

A realidade das "Vinhas da Ira"

Foto daqui

Foto by_Dorothea_Lange

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Foto RTP "Vinhas da Ira"

John Steinbeck quis viver na primeira pessoa, a realidade que depois inseriu no seu romance. Seguiu viagem com famílias de migrantes e acampou com alguns deles nos acampamentos do percurso. Daí o realismo impresso à narrativa.

“As Vinhas da Ira” relata-nos de forma crua e dramática, o drama da Família Joad, que após perder a sua casa e a as terras de cultura de algodão, no Oklahoma, parte para a Califórnia, numa viagem de esperança em busca de uma vida melhor. É a história da família Joad como poderia ser a de milhares de outras famílias de agricultores, que nos anos 30 seguiram na procura do mesmo sonho.

A narrativa decorre na sequência da Grande Depressão, quando grande parte do povo americano sofria as suas terríveis consequências. Os graves problemas sociais daí decorrentes e a crise económica, levaram ao desemprego de milhões e à fome.

Assim, uma onda de migração seguiu em longas caravanas em direção à Califórnia, numa jornada penosa, mas ao mesmo tempo solidária. Milhares de famílias reuniram os seus parcos pertences e amontoadas em carros, camionetas e tudo o que tivesse 4 rodas, seguiam um trajeto idêntico parando em acampamentos miseráveis para descanso, onde quem nada tinha, tudo repartia.

Chegados à Califórnia o sonho tornava-se num pesadelo. A exploração da mão de obra barata, era a realidade encontrada.

Em cima, as fotos são testemunhos reais das grandes migrações da população.

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