Iluminura persa |
Samarcanda, cidade das encruzilhadas de rotas e impérios, de «(...) densos vergéis e cristalinos riachos. Depois, aqui e além, o arremesso de um minarete de tijolo, uma cúpula cinzelada de sombra, a brancura de um muro de belvedere. E, à beira de um lago, acobertada pelos chorões, uma banhista nua que expunha a sua cabeleira ao vento abrasador.» Amin Maalouf, Samarcanda, p. 21.
Entre reis mongóis e e príncipes seljúcidas que ascendem como uma onda, para se desfazerem em pó, entre belas cidades, onde o sol faz refulgir os azulejos esmaltados e os amantes se escondem nos jardins perfumados, seguimos o sábio Omar Khayam:
Azulejo de Kashan |
Uma vida sem pecado, que gosto tem ela, diz-me!
Se punes pelo mal o mal que eu fiz,
Qual a diferença entre ti e mim, diz-me!
O nosso livro transporta-nos para uma diferente cultura, para o fascinante e encantado Oriente, que tem captado as imaginações ocidentais (o tal Orientalismo tão criticado por Edward Said, como estereótipo prejudicial à região). Pode ser que Said tenha razão, mas o encanto provém também da admiração por uma cultura com um passado florescente.
Kashan, nicho de oração, finais do séc. XIII. Museu Gulbenkian, Lisboa |
Ispaão- Praça de Naqsh Jahan de Pascal Coste , início do séc. XIX |
Bucara- muralhas |
Horoscope of Prince Iskandar, grandson of Tamerlane, the Turkman Mongol conqueror.
Bowl with prince on horseback, Seljuq period (1040–1196), 12th–13th century. Metropolitan Museum , N. Y. |
2 comentários:
Muito bem. Onde andam mais historiadores (as)?
Tudo isto promete. E vamos ter mais histórias, que eu sei :)
Enviar um comentário