Alguns leitores da
Comunidade estiveram na passada sexta-feira, dia 2, no Supremo Tribunal de Justiça.
Cumpria-se a apresentação do romance de Carlos Querido a cargo do Juiz
Conselheiro Henrique Araújo, presidente daquele Tribunal.
A intervenção de
Carlos Querido integrou uma alusão à Comunidade e à nossa participação em
anteriores sessões sobre obras suas, nomeadamente as que tiveram lugar na Feira
do Livro em torno do romance histórico “A
Redenção das Águas” e da colectânea de contos “Habeas Corpus”.
De “Alegações Finais”, destacamos a lição de vida que o enredo contempla, a história de um advogado, filho de famílias humildes, que não obstante o triunfo profissional não logrou alcançar uma vida feliz face a desvios de carácter que lhe arruinaram o casamento. O romance desenvolve-se segundo um registo de escrita em que a voz do narrador se confunde com as das personagens e as suas correntes de consciência. Julgamos surpreender muitas das preferências artísticas, literárias e musicais do autor frequentemente trazidas ao curso da história. Claro que a actividade profissional de Carlos Querido (juiz desembargador) sente-se presente em todo um conjunto de termos e procedimentos jurídicos que, tratando-se o protagonista de um advogado, dão consistência ao discurso narrativo. Terão tido sucesso as alegações finais da infeliz personagem na sua tentativa de reganhar a harmonia conjugal? O romance não o diz, terminando de uma forma que permite considerá-lo como uma “obra aberta”.
2 comentários:
Gostei dos dois livros anteriores, logo que oportuno chegarei a este também...
O Dr. Domingos Lourenço, antigo director do Gabinete de Assuntos Jurídicos e director do Núcleo de Deontologia e Disciplina da PSP, actualmente aposentado, pediu, através de Carlos Querido, para se inserir no blogue o seguinte comentário:
«Adorei o livro, bem como a respectiva apresentação. Trata-se de uma ficção bem próxima da realidade, ao gosto de Calamandrei e ao estilo de José Saramago.»
Agradecemos o interesse e o comentário.
Enviar um comentário