De entre outros e bons votos, aqui vai o de boas leituras, com uma (pertinente) consideração: isto é vício, vocação, ou tendência genética? (Brindando com a imagem do mais recente rebento da família, futura leitora compulsiva?)
Blogue da Comunidade de Leitores da Biblioteca de S. Domingos de Rana - Cascais - Portugal
31 dezembro 2018
24 dezembro 2018
08 dezembro 2018
Plano de Leituras 2019
(Detalhe ... da estante cá de casa)
Plano de Leituras 2019
1º Trimestre – Literatura no Feminino
25 JAN - Jane Austen - Sensibilidade e Bom Senso
22 FEV - Emily Brontë - O Monte dos Vendavais
29 MAR - Françoise Sagan - Bom Dia Tristeza
2º Trimestre – Autores Esquecidos
26 ABR - José Rodrigues Miguéis – A Escola do Paraíso
31 MAI - Maria Judite de Carvalho – Tanta Gente, Mariana
28 JUN- Luís de Sttau Monteiro – Um Homem não Chora
3º Trimestre – Literatura Alemã
26 JUL - Goethe – Werther
30 AGO - Herman Hesse – O Lobo das Estepes
27 SET - Erich Maria Remarque – Uma Noite em Lisboa
4º Trimestre – Queridos Autores
25 OUT - Eça de Queirós – A Capital
29 NOV - Philip Roth – Pastoral Americana
27 DEZ - Gabriel García Márquez - Doze Contos Peregrinos
05 dezembro 2018
"Crónica do Rei Pasmado" de Gonzalo Torrente Ballester - 28 de Dezembro às 21h00
"...
Mas o remédio a curto prazo tem que ser acordado agora mesmo entre Vossa Excelência e eu.
- De que remédio se trata?
- De impedir que o Rei veja a Rainha nua. Os pecados da noite passada são suficientes para pôr em perigo a monarquia e, com ela, a verdadeira cristandade; se a isto acrescentarmos essa monstruosa contemplação proibida pelas leis humanas e divinas, não me atrevo a imaginar o que será de nós..."
Parte de um diálogo entre Sua Paternidade o Padre Villaescusa e Sua Excelência o Valido in "Crónica do Rei Pasmado" de Gonzalo Torrente Ballester
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07 novembro 2018
"O Pintor de Batalhas" de Arturo Pérez-Reverte - 30 de Novembro às 21h00
"O triunfo da morte" (1562) de Pieter Brueghel, o Velho, a pintura que dá a capa ao romance"O Pintor de Batalhas" de Arturo Pérez-Reverte, no livro das edições ASA. O quadro está no Museu do Prado, em Madrid.
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25 outubro 2018
Música em "A Velocidade da Luz"
No Bar Treno's, o aviso de que este estava prestes a fechar, era dado no momento em que punham a tocar esta canção de Dylan, que Rodney adorava. Mais tarde quase no final do romance, o narrador vai encontrar o cd, na casa de Jenny, a viúva de Rodney. A letra tem tanto de belo, quanto de triste. Percebe-se o porquê do Nobel...
It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding), Bob Dylan
Shadows even the silver spoon
The handmade blade, the child's balloon
Eclipses both the sun and moon
To understand you know too soon
There is no sense in trying
As pointed threats, they bluff with scorn
Suicide remarks are torn
From the fool's gold mouthpiece
The hollow horn plays wasted words
Proves to warn
That he not busy being born
Is busy dying
Temptation's page flies out the door
You follow, find yourself at war
Watch waterfalls of pity roar
You feel to moan but unlike before
You discover
That you'd just be
One more person crying
So don't fear if you hear
A foreign sound to your ear
It's alright, Ma, I'm only sighing
As some warn victory, some downfall
Private reasons great or small
Can be seen in the eyes of those that call
To make all that should be killed to crawl
While others say don't hate nothing at all
Except hatred
Disillusioned words like bullets bark
As human gods aim for their mark
Made everything from toy guns that spark
To flesh-colored Christs that glow in the dark
It's easy to see without looking too far
That not much
Is really sacred
While preachers preach of evil fates
Teachers teach that knowledge waits
Can lead to hundred-dollar plates
Goodness hides behind its gates
But even the president of the United States
Sometimes must have
To stand naked
An' though the rules of the road have been lodged
It's only people's games that you got to dodge
And it's alright, Ma, I can make it
Advertising signs that con you
Into thinking you're the one
That can do what's never been done
That can win what's never been won
Meantime life outside goes on
All around you
You lose yourself, you reappear
You suddenly find you got nothing to fear
Alone you stand with nobody near
When a trembling distant voice, unclear
Startles your sleeping ears to hear
That somebody thinks
They really found you
A question in your eyes is lit
Yet you know there is no answer fit to satisfy
Insure you not to quit
To keep it in your mind and not forget
That it is not he or she or them or it
That you belong to
Although the masters make the rules
For the wise men and the fools
I got nothing, Ma, to live up to
For them that must bow down to authority
That they do not respect in any degree
Who despise their jobs, their destinies
Speak jealously of them not are free
Cultivate what they do to be
Nothing more than something
They invest in
While some on principles baptized
To strict party platform ties
Social clubs in drag disguise
Outsiders they can freely criticize
Tell nothing except who to idolize
And then say God bless him
While one who sings with his tongue on fire
Gargles in the rat race choir
Bent out of shape from society's pliers
Cares not to come up any higher
But rather get you down in the hole
That he's in
But I mean no harm nor put fault
On anyone living in a vault
But it's alright, Ma, if I can't please him
Old lady judges watch people in pairs
Limited in sex, they dare
To tell fake morals, insult and stare
While money doesn't talk, it swears
Obscenity, who really cares
Propaganda, all is phony
While them that defend what they cannot see
With a killer's pride, security
It blows the minds most bitterly
For them that think death's honesty
Won't fall upon them naturally
Life sometimes must get lonely
My eyes collide head-on with stuffed graveyards
False gods, I scuff
At pettiness which plays so rough
Walk upside-down inside handcuffs
Kick my legs to crash it off
Say okay, I have had enough
What else can you show me?
And if my thought-dreams could be seen
They'd probably put my head in a guillotine
But it's alright, Ma, it's life, and life only
23 outubro 2018
O Escritor no seu Labirinto
01 outubro 2018
"A Velocidade da Luz" de Javier Cercas - 26 de Outubro às 21h00
A leitura promete, Logo a abrir é assim:
"Agora levo uma vida falsa, uma vida apócrifa, clandestina e invisível embora mais verdadeira do que se fosse real, mas eu era ainda eu quando conheci Rodney Falk. Foi há muito tempo e foi em Urbana, uma cidade do Middle West norte-americano onde passei dois anos nos finais da década de oitenta. A verdade é que cada vez que me interrogo por que terei ido parar precisamente lá, respondo a mim próprio que fui parar precisamente lá como poderia ter ido parar a qualquer outro sítio. Contarei por que razão, em vez de ir parar a qualquer outro sítio, fui parar precisamente lá..."
in "A Velocidade da Luz" de Javier Cercas
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05 setembro 2018
"O Caminho Imperfeito" de José Luís Peixoto - 28 de Setembro, às 21h00
Abri ao acaso e li:
"... A canja tinha patas de galinha, era o melhor. A minha mães escolhia-mas para o prato. Eu segurava-as e chupava-lhes a carne - descolava-se sem esforço. Deixava apenas os ossos, como peças de um brinquedo de montar.
Onde ficou esse rapaz? Onde me afastei dele até quase parecer que o esqueci? Que distância é esta que nos separa? ..."
in "O Caminho Imperfeito" de José Luís Peixoto (final do capítulo 50)
Esperemos que não haja sobressaltos e possamos voltar à rotina das nossas sessões, na última Sexta-feira de cada mês. Qualquer alteração, daremos noticias...
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18 agosto 2018
Sessão de Agosto cancelada!
Caros companheiros de leitura
Desta vez não há alternativa e temos mesmo que cancelar a sessão de Agosto. Férias de Verão, por assim dizer...
Em Setembro, tentaremos fazer uma abordagem aos dois livros, o de Agosto e o de Setembro. Daremos mais notícias em tempo útil.
Entretanto ... aproveitem bem o Verão que chegou tarde, mas chegou! Há por aí muitos e bons programas!!!|
05 agosto 2018
"Na Patagónia" de Bruce Chatwin - 31 de Agosto às 21h00
Abri ao acaso e caí no capítulo 51:
"Os sulistas ainda hoje se lembra do esbelto galego ruivo que nem barba tinha. Os seus olhos azuis semicerrados traduziam bem a incerteza e o fanatismo celtas. Vestia, naquele tempo, calças justas e polainas e usava o boné posto de lado na cabeça. Plantava-se na rua lamacenta a citar frases de Proudhon e Bakunine a cerca da propriedade ser o roubo e a destruição de uma paixão criativa, enquanto o vento fustigava as suas bandeiras vermelhas..."
in "Na Patagónia" de Bruce Chatwin
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01 agosto 2018
Há sempre um lado bom!
Ainda a propósito dos percalços relativos à realização da última sessão da Comunidade, que felizmente acabou em bem e agradecendo mais uma vez os esforços levados a cabo pelos responsáveis da Biblioteca, houve um lado bom, que ainda em tempo apetece destacar. Como a Biblioteca abriu só para a CL, foi possível regressar ao nosso espaço de eleição, à sala principal de leitura. Optimamente instalados, com melhores condições acústicas e rodeados daquilo que desde 2007 nos leva àquele espaço: os livros! É a leitura que nos move e são os livros que nos juntam. Esperamos continuar a ter a oportunidade de, na última Sexta-feira de cada mês, voltar sempre àquele local. Os livros, nunca nos faltam ...
26 julho 2018
Actualização - Sessão de amanhã, 27 de Julho
Caros Leitores
Informo que devido a esforços suplementares por parte dos responsáveis da Biblioteca de SDR, foram ultrapassadas as dificuldades para amanhã, 27 de Julho, pelo que vamos conseguir realizar a sessão deste mês na Biblioteca.
Contamos convosco, como habitualmente!
Sessões (forçadamente) suspensas
Por questões logísticas e de segurança, a Biblioteca de SDR, não nos pode disponibilizar o espaço habitual nos meses de Julho e Agosto. Assim, ficam suspensas as nossas Sessões nestes dois meses.
Como amanhã temos um jantar marcado, a que muitos já aderiram, podemos sempre "salvar" o livro de Julho e discutir as Viagens ao longo do repasto!
Para Agosto, quem sabe conseguimos organizar um encontro, nalgum jardim simpático? Podemos pensar no assunto...
Como sou optimista, espero que a normalidade possa ser retomada no mês de Setembro ....
11 julho 2018
As Viagens de Marco Polo - 27 de Julho - 21h00
A abrir
"Aqui começa o livro do Senhor Marco Polo de Veneza, que se chama "Milhão", o qual conta muitas novidades de Tartária e das três Índias e de muitos outros países..."
in "As Viagens de Marco Polo" - edição de bolso Europa-América
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03 julho 2018
UM OLHAR SOBRE O NOVO MUNDO
Depois da leitura do intenso Philip
Roth em A Mancha, que nos leva, entre outras mil reflexões, a
questionar o nosso (re)conhecimento europeu de uma América do Norte real
e histórica, eis uma oportunidade para ouvir (e viver) uma interpretação
desse Novo Mundo, com a Sinfonia de
Dvořák... No Largo já nosso conhecido, dia 12, 21.30h... Mas com aquele
intervalo de espera que sabemos.
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Concerto
para Oboé e Orquestra
Antonín Dvořák (1841-1904)
Sinfonia
n.º 9 ("Novo Mundo")
Durante a primavera e
o verão de 1777, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) ocupou-se com a escrita
do Concerto para Oboé em Dó maior, K. 314 que ofereceu ao
famoso oboísta italiano Giuseppe Ferlendis. Com três andamentos cuja duração
não excede 20 minutos, este concerto, um dos mais importantes no repertório de
oboé, foi dado como perdido durante quase 150 anos, tendo sido redescoberto em
1920 pelo maestro Bernhard Paumgartner. A Sinfonia n.º 9 em Mi menor,
op.95, mais popularmente conhecida por Sinfonia do Novo Mundo,
foi composta por Antonín Dvořák (1841-1904) em 1892 durante a sua estadia nos
Estados Unidos quando o compositor foi convidado a fundar o Conservatório
Nacional de Música, precursor da atual Juilliard School of Music. Esta sinfonia
com quatro andamentos, a última de Dvořák, foi estreada com estrondoso sucesso
no Carnegie Hall de Nova Iorque em 1893. As críticas, altamente elogiosas,
definiram a obra como sendo uma nobre composição de proporções heróicas,
inspirada na beleza dos espirituais negros e em canções das plantações.
Contudo, e segundo palavras do próprio compositor, a sua intenção foi apenas
escrevê-la de acordo com o espírito das melodias nacionais norte-americanas.
24 junho 2018
Poeta do mês de Junho - Joaquim Pessoa
(Joaquim Pessoa)
Há pequenas aves que têm raízes nas palavras,
essas palavras que não ficam arrumadas com decência
na literatura,
palavras de amantes sem amor, gente que sofre
e a quem falta o ar quando faltam as palavras.
Quando digo o teu nome há uma ave que levanta voo
como se tivesse nascido o dia e uma brisa
encarcerada nas amêndoas se soltasse para a impelir
para o mais frio, para o mais alto, para o mais azul.
Quando volto para casa o teu nome vai comigo
e ao mesmo tempo espera-me já
numa casa construída com dois nomes,
como se tivesse duas frentes,
uma para a montanha e outra para o mar.
Por vezes dou-te o meu nome e fico com o teu,
espreito então pelas janelas de onde
se vêem coisas que nunca antes tinha visto,
coisas que adivinhava mas que não sabia,
coisas que sempre soube mas que nunca quis olhar.
Nessas alturas o meu nome é o teu olhar,
e os meus olhos são justamente a pronúncia do
teu nome que se diz com um pequeno brilho molhado,
um som pequeno como um roçagar de asas
dessas aves que constroem o ninho na folhagem da fala
e criam raízes fundas nas palavras vulgares
que os vulgares amantes engrandecem
quando falam de amor.
Joaquim Pessoa in “GUARDAR O FOGO, cento e quatro inéditos e uma antologia"
essas palavras que não ficam arrumadas com decência
na literatura,
palavras de amantes sem amor, gente que sofre
e a quem falta o ar quando faltam as palavras.
Quando digo o teu nome há uma ave que levanta voo
como se tivesse nascido o dia e uma brisa
encarcerada nas amêndoas se soltasse para a impelir
para o mais frio, para o mais alto, para o mais azul.
Quando volto para casa o teu nome vai comigo
e ao mesmo tempo espera-me já
numa casa construída com dois nomes,
como se tivesse duas frentes,
uma para a montanha e outra para o mar.
Por vezes dou-te o meu nome e fico com o teu,
espreito então pelas janelas de onde
se vêem coisas que nunca antes tinha visto,
coisas que adivinhava mas que não sabia,
coisas que sempre soube mas que nunca quis olhar.
Nessas alturas o meu nome é o teu olhar,
e os meus olhos são justamente a pronúncia do
teu nome que se diz com um pequeno brilho molhado,
um som pequeno como um roçagar de asas
dessas aves que constroem o ninho na folhagem da fala
e criam raízes fundas nas palavras vulgares
que os vulgares amantes engrandecem
quando falam de amor.
Joaquim Pessoa in “GUARDAR O FOGO, cento e quatro inéditos e uma antologia"
09 junho 2018
LA BELLE DAME SANS MERCI
Ilustração de JOHN WILLIAM WATERHOUSE para o enigmático poema de JOHN KEATS.
Assim se vai fazendo a leitura de A Mancha Humana, de PHILIP ROTH. Uma mulher fogosa e um decrépito professor aposentado; a dama impiedosa e o cavaleiro ajoujado de anos: «Sou um homem de 71 anos com uma amante de 34, o que me incapacita, na comunidade de Massachussetts, de instruir seja quem for. Tomo Viagra, Nathan. Aí está La Belle Dame sans Merci. Devo toda esta turbulência, toda esta felicidade, ao Viagra.» Aqui chegados, quem é esse Nelson Primus, advogado insípido que ainda não viu nada do mundo, para procurar cercear a sensual turbulência do classicista Coleman Silk? Leitura feita até às primeiras páginas do capítulo 2, "Jogo de Esquiva". Veremos o que nos reserva o adiantado da obra.
04 junho 2018
"A Mancha Humana" de Philip Roth, 29 Junho às 21h00
Ao acaso
" ... Nada dura e, todavia, nada acaba, também. E nada acaba precisamente porque nada dura..."
in "A Mancha Humana" de Philip Roth
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29 maio 2018
MÁRIO DE CARVALHO
O autor de "Casos do Beco das Sardinheiras", "A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho" e "Ronda das Mil Belas em Frol" tem novo livro de contos. O título é extraído de um poema de Mário Cesariny, podendo ler-se na sinopse da contracapa: « Um marido recalcitrante ludibriado pela esposa defunta; um casal num jantar de amigos, elas amigas íntimas dele; um recém-viúvo percorrendo a lista das suas conquistas mais assíduas (...)» Aqui, ao dar com as palavras «lista» e «conquistas», como que me soou uma campainha de alarme: veio-me à memória aquela epígrafe das "Belas em Frol" retirada do libreto de "Don Giovanni", de Mozart: « Osservate, leggete con me.»
Listas e conquistas à parte, este é, provavelmente, um livro a propor para as leituras de 2019.`
21 maio 2018
"A NOITE DOS GATOS"
Balthus, Nu avec chat (1949), citado em Os Cadernos de Dom Rigoberto. Belos e excitantes estes felinos...
03 maio 2018
DANDO CONTINUIDADE AO "ELOGIO..."
Para fazer o retrato íntimo de certos personagens e das suas relações especiais (para não as classificar de outro modo, fazendo juízos de valor), Vargas Llosa socorre-se da arte, de obras de arte sugestivas, que servem de mote ao desenvolvimento de algumas ideias (perniciosas?). Claro que, na sequência de "O Elogio da Madrasta", também vamos encontrar, desta feita, um artista cuja obra talvez não seja muito divulgada... pelos motivos que vamos descobrir! Mas sobre esse artista poderemos voltar a falar mais tarde. Por enquanto, quero partilhar a experiência de ter visto e fotografado ao vivo, na National Gallery em fevereiro último, uma das obras evocativas da nossa primeira leitura, "O Elogio...". Lembram-se?
01 maio 2018
"Os Cadernos de Dom Rigoberto" de Mário Vargas Llosa - 25 de Maio às 21h00
Estão preparados para voltar a encontrar Dom Rigoberto, Dona Lucrécia e Fonchito?
E não se esqueçam que a sessão termina com a poesia de Bocage...
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Mário Vargas Llosa
02 abril 2018
"O Deus das Pequenas Coisas", de Arundhati Roy - 27 de Abril às 21h00
Abri o livro ao acaso e este parágrafo despertou-me a atenção:
" ... Pequenos acontecimentos, coisas vulgares, destruídas e reconstituídas. Investidas de novo significado. Subitamente tornam-se nos ossos descorados de uma história..."
in "O Deus das Pequenas Coisas", de Arundhati Roy
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13 março 2018
FILOMENA MARONA BEJA
A escritora de "A Cova do Lagarto", "O Eléctrico 16", "Franceses, Marinheiros e Republicanos...", "Um Rasto de Alfazema" e "Avenida do Príncipe Perfeito" na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana. Sábado, 24 de Março, às 16 horas.
11 março 2018
"Enseada Amena" de Augusto Abelaira, 23 de Março às 21h00
A abrir
"Só agora Ana Isa dá por isso: o casaco de lã que, momentos antes, ao sentar-se muito cansada naquele banco da Avenida, pôs de lado ao alcance da mão, poderia parecer (a olhos estranhos) que guardava um lugar. Para um amigo? Uma amiga? Por exemplo (ideia que não lhe passou pela cabeça): um lugar para o Osório - o Osório que nesse preciso instante a observa, o Osório que duas ou três vezes já, nos últimos anos, a tem visto aqui ou ali, sentada ou a andar, e não vai ter com ela, o que é (ele bem o sabe) uma fuga..."
"Enseada Amena" de Augusto Abelaira
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05 fevereiro 2018
"Nem Todas as Baleias Voam" de Afonso Cruz, 23 de Fevereiro às 21h00
Sinopse (na Wook)
Em plena Guerra Fria, a CIA engendrou um plano, baptizado Jazz Ambassadors, para cativar a juventude de Leste para a causa americana. É neste pano de fundo que conhecemos Erik Gould, pianista exímio, apaixonado, capaz de visualizar sons e de pintar retratos nas teclas do piano. A música está-lhe tão entranhada no corpo como o amor pela única mulher da sua vida, que desapareceu de um dia para o outro. Será o filho de ambos, Tristan, cansado de procurar a mãe entre as páginas de um atlas, que encontrará dentro de uma caixa de sapatos um caminho para recuperar a alegria.
Entrevista ao autor aqui (blog literário da Wook)
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23 janeiro 2018
12 janeiro 2018
Encontros inesperados
Teofilo Cubillas
"Teofilo Cubillas, o peruano sorridente. Isaltino de Jesus pasmou perante o poster e não queria acreditar. Era o Teofilo Cubillas a sorrir exactamente no mesmo poster que o Norte Desportivo oferecera aos portistas devotos nos idos anos setenta do século passado...............................
Durante décadas enquanto Isaltino discutia no gabinete do seu chefe as estratégias dos casos que investigavam, via um poster de Cubillas exactamente igual àquele, colado na parede com pedacinhos de fita-cola, acusando inúmeros rasgões, já sem pontas, cheio de vincos de mil dobras diferentes, motivadas por arquivamentos esquecido no tempo e com manchas de fumo, deixadas ali pelos charutos da praxe do inspector... "
in Capítulo cinco de "a máquina de fazer espanhóis", de Valter Hugo Mãe.
E quando menos se espera, damos de caras com os nossos conhecidos inspector Jaime Ramos e agente Isaltino de Jesus, com quem nos cruzámos em Novembro passado, no decorrer de "Um Crime Capital" de Francisco José Viegas. A ver vamos como se dão com os residentes do lar feliz idade...
06 janeiro 2018
O Escritor no seu Labirinto, 13 de Janeiro às 16h00
Mais uma conversa informal na nossa Biblioteca, no âmbito dos ciclos de encontros com escritores. No próximo Sábado às 16h00.
05 janeiro 2018
"a máquina de fazer espanhóis" de Valter Hugo Mãe, 26 Janeiro às 21h00
" ... naquela tarde o carteiro chegou e encostou a bicicleta no lugar de sempre e foi ao encontro do américo que andava cima e baixo a passear os velhos, o carteiro entregou ao américo um molho de cartas onde estava a que eu falsificara cuidadosamente para a dona marta. levei umas horas a redigir aquela carta. não porque fosse longa, que não era, era breve como tudo, mas porque era importante que dissesse algo bem pensado, algo para lhe fazer um agrado, uma carta segura com garantias de fornecer alegria à velha calada..."
in "a máquina de fazer espanhóis" , capítulo nove "o tempo não é linear", de Valter Hugo Mãe
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