Parque da Paz em Nagasáqui (foto
daqui)
“…Os ornamentos típicos, como arbustos e fontes, tinham sido reduzidos ao mínimo, o que transmitia uma sensação de austeridade, com o relvado plano, o extenso céu de Verão e o monumento em si mesmo - uma estátua branca, enorme, em memória das pessoas mortas pela bomba atómica - a dominar todo o recinto.
A estátua parecia um deus
grego musculado, sentado com os braços abertos. Com a mão direita apontava para
o céu, de onde a bomba tinha caído. Com o outro braço, estendido para a esquerda,
estava supostamente a suster as forças do mal. Tinha os olhos fechados em
oração.
Sempre tive a sensação de
que a estátua tinha um aspeto bastante desajeitado e nunca consegui associá-la
ao que aconteceu no dia em que a bomba caiu, nem aos dias terríveis que se
seguiram…”
In “As Pálidas Colinas de Nagasáqui”, parte dois, capítulo 8
Ao longo do romance aparecem algumas referências à bomba atómica, mas quase que de forma subtil, como se isso interessasse pouco para o desenrolar do história. Puro engano, digo eu, as influências do ataque nuclear e da guerra estão lá em cada linha, cada parágrafo...
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