Em dia de Santo António, entre o Largo da Sé, com vista para a Procissão do Santo devoto de Lisboa e a Baixa, eis que tropeçamos com o olhar nesta placa e já a ideia se não descola deste devoto das Palavras, afinal em dia de um presumível aniversário.
Blogue da Comunidade de Leitores da Biblioteca de S. Domingos de Rana - Cascais - Portugal
16 junho 2014
NA BAIXA, ENCONTRO COM FERNANDO PESSOA
Em dia de Santo António, entre o Largo da Sé, com vista para a Procissão do Santo devoto de Lisboa e a Baixa, eis que tropeçamos com o olhar nesta placa e já a ideia se não descola deste devoto das Palavras, afinal em dia de um presumível aniversário.
13 junho 2014
A propósito do Aniversário do Poeta
Fernando Pessoa, por Almada Negreiros, 1964
[I]
Toda a entrada de estrada copada ao luar Vai ter a Sonhar. Mas é preciso chegar só a entrar, e a fruir; Nunca prosseguir. Porque é só a entrada da estrada que leva Ao sonho que enleva. A própria estrada só leva acabada, A não haver estrada. II Passo depressa Por onde A água luz começa... Passei. Ter passado me esconde O que mal avistei. Mas na alma me resta Um vago Sorrir tardio, aresta De sonhar Luz de não sei que barco, pequeno, lago Sob que luar. III Um riso na noite, Riso de rapariga... E a alma que não tem onde se acoite Viu até à liga A vida, o sorriso, a esperança... Um riso na noite, mais nada... Um riso que, por si, é criança, Perna descalçada... Um riso sem ninguém Na noite onde o luar Anda a procurar alguem Sem o querer achar. Um riso, colóquio, entrevista, O olhar com que o houve Toca-me no ombro com dedos Que passam revista Ao desejo... Assim aprouve À grande noite sem medos... Só um riso universal De uma só boca Invisível, essencial — Um riso que me toca Na cara, e ao meu ouvido Que segredo perdido? Iv Deixa-os falar... Da árvore pende O balouço ao luar Que ninguém pretende... Deixa-os dizer... Da alma alagada Do luar vem ver A alma sem nada... Deixa-os sorrir Se desejo, assim, Sem te ver, sentir Que sorris p’ra mim. V No parque para além do muro Que nesta noite é incerto e escuro Erro, mas sem o conhecer, Nem onde erro ver. Que importa? Estou onde me sinto, Quem sou comigo apenas minto, No parque além Do muro há alguém, Abandonado? Há muito ali Já ninguém vai?... O que eu vivi, Vivi; o mais... É certo Haver parque deserto Estando a alma perto? |
In Poesia 1918-1930 - "Luar" de Fernando Pessoa
El día E!
A Comunidade presente no dia da festa de todos os que falam espanhol. De novo "Don Quijote de la Mancha", desta feita no Instituto Cervantes.
Adelante compañeros!
Etiquetas:
D.Quixote,
Instituto Cervantes de Lisboa
11 junho 2014
"O Judeu" de Bernardo Santareno, 27 de Junho às 21h00
Em Junho encerramos com "O Judeu", o ciclo sobre o tempo de D. João V - leituras prodigiosas.
Diz quem já começou a ler que é uma leitura dura. Aguardemos então por outras opiniões...
06 junho 2014
Klimt e o Verão
Farm Garden with Sunflowers, 1906 e Apple Tree, 1912 de Gustav Klimt
Para contrariar os maus humores de S. Pedro e lembrá-lo de que o Verão está quase aí.
Um exemplo da inspiração de Klimt durante as férias de Verão. Há mais, mas gosto particularmente destes dois. No primeiro fico presa aos girassois e no segundo encanta-me a macieira. Pode ser que S. Pedro também se inspire ...
31 maio 2014
A Comunidade presente na Feira do Livro de Lisboa
(Fotos da Zé)
A Feira do Livro desafiou-nos e nós aceitámos o repto: uma sessão pública da nossa Comunidade de Leitores em plena Feira.
"A Redenção das Águas" foi o livro em carteira e a presença de Carlos Querido emprestou uma boa dinâmica ao grupo.
O romance, debatido entusiasticamente na véspera na nossa sessão mensal, ganhou uma nova vida pela voz do autor que de forma apaixonada nos esclareceu as dúvidas, acrescentando novos detalhes às nossas interpretações.
A conversa fez-se em bom ritmo e a Comunidade esteve presente com um número alargado de membros. Foi gratificante perceber que a plateia (com algumas dezenas de pessoas), seguiu a sessão com muito interesse e sobretudo foi agradável verificar que prendemos a atenção dos passeantes que paravam para ler os nossos cartazes, ficando muitos deles a assistir, com um ar curioso e interessado.
Obrigado ao Carlos Querido. Cá estamos à espera do próximo romance!
Etiquetas:
A Redenção das Águas,
Carlos Querido,
Feira do Livro
28 maio 2014
MODELAR O AMOR - O REGRESSO A UMA CASA CHAMADA MULHER
Releitura acabada. «Voltou. Discreto, quase clandestino, vejo-o à entrada da olaria, rodeado de silêncio e de penumbra. Por um momento receio estar a ser traída pelo desejo urgente de o ver, ali, naquele local, a entrar por aquela porta. (...) Pedro diz-me que está de regresso a casa, que sou eu.» --- A Redenção das Águas, capítulo "O Regresso a Casa", pp. 173 e 174.
23 maio 2014
MARIO QUINTANA (1906-1994)
A morte é que está morta
PARA JOSÉ RÉGIO
A morte é que está morta.
Ela é aquela Princesa Adormecida
no seu claro jazigo de cristal.
Aquela a quem, um dia – enfim –
despertarás…
E o que esperavas ser teu suspiro
final
é o teu primeiro beijo nupcial!
– Mas como é que eu te receava tanto
(no teu encantamento lhe dirás)
e como podes ser assim – tão bela?
Nas tantas buscas, em que me perdi,
vejo que cada amor tinha um pouco de
ti…
E ela, sorrindo, compassiva e calma:
E tu, por que é que me chamas Morte?
Eu sou, apenas, tua Alma…
MARIO QUINTANA, Apontamentos de História Sobrenatural, Rio de Janeiro, Editora
Objetiva, 2012, p. 95.
Centro Mario Quintana, Porto Alegre (RS), Outubro de 2012
20 maio 2014
3 PERGUNTAS A CARLOS QUERIDO
1- O que representa, no contexto da sua obra o livro “A Redenção das Águas”?
R - As duas obras anteriores (Salir d’Outrora e Praça da Fruta) versavam sobre história regional. Na mesma temática se inseria o objectivo inicial de “A Redenção das Águas”, visando contar a história das 13 peregrinações de D. João V às termas das Caldas após a manifestação da sua doença, e da forma como a presença do rei mudou a face da pequena vila termal, entre 1742 e 1750. No entanto, a figura imensa deste rei não se conteve nas fronteiras da vila que é hoje a minha cidade, e acabou por transbordar nas histórias que se cruzam ao longo desses oito anos, entre a doença e a morte. E eis que da sombra do rei magnânimo surgem outras figuras, que ganham o estatuto de personagens numa história que não lhes era inicialmente dedicada: como o Infante D. Manuel, aventureiro e herói esquecido; como o Infante D. Francisco, tão odiado, quanto temido, falecido nas Gaeiras no Verão de 1742; como Pedro Rates de Henequim, que veio do Brasil para convencer o Infante D. Manuel a assumir o destino de chefe do mítico V Império, e que acabou na fogueira da Inquisição no dia de solstício de Verão do ano de 1744; como John Coustos, o primeiro mestre maçónico torturado pela Inquisição, que saiu em auto de fé no mesmo dia fatídico; como os “Meninos de Palhavã”, filhos ilegítimos do rei, frutos de aventuras com as freiras de Odivelas, reconhecidos nas Caldas no dia 6 de Agosto de 1742; e como tantos outros que se revelam nas páginas do livro.
No contexto da minha escrita, lateral (porque se realiza apenas nos tempos livres que a minha actividade profissional me concede) e pouco significativa, “A Redenção das Águas” acabou por representar um pequeno passo, em que um tema de história regional se converte em história nacional, não por mérito nem por prévio desígnio do autor, mas pela imensa força da imagem do personagem central, o rei absoluto e magnânimo.
2. - Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R - Na origem deste livro esteve inicialmente a ideia que enunciei na resposta anterior. No entanto, à medida que se foi revelando a figura do rei e a dimensão religiosa da liturgia do seu poder, num ambiente de crepúsculo, de finitude nostálgica, e de pavor da morte, tornou-se irresistível a abordagem desta figura controversa numa perspectiva diferente da habitual. Eis então que surge, perante alguma surpresa do autor, um rei vergado sob o insuportável peso do pecado, em busca da redenção que no seu tempo estava, sempre esteve, associada à água, benzida ou termal. As peregrinações do rei tornam-se uma busca incessante dessa redenção. É assim que surge a explicação das obras pias, das infindáveis dádivas a igrejas, capelas, irmandades, ordens religiosas e imagens santas, da delapidação dos recursos do reino, com o único objectivo de salvação da alma do rei. Tudo isto com a fervorosa compreensão do povo, porque, como questiona o narrador, se a alma (colectiva) do rei não se salva, quem se salvará?
Depois, com a revelação das figuras do Infante D. Manuel e de Pedro Rates de Henequim, tornou-se também irresistível a convocação do velho mito, tão universal e tão lusitano, do V Império, do desejo de restauração da unidade perdida, defendido por poetas e por profetas e que, segundo alguns, esteve na génese dos Descobrimentos e confere inteligibilidade a esse imenso feito luso.
3. - Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R - Quanto a futuros escritos, por ora estão previstos apenas os acórdãos no meu tribunal. Depois, nunca se sabe quando, talvez uma qualquer figura histórica me possa surpreender e arrastar para outras aventuras.
__________
Carlos Querido
A Redenção das Águas
Arranha Céus. 17€
______________
Publicado em www.novoslivros.blogspot.pt
18 maio 2014
PEREGRINAÇÃO À "VILA DAS CALDAS"
«Apelo ao meu conhecimento rudimentar da língua romana e soletro a frase esculpida em relevo na pedra, na tentativa de compreender a mensagem: Coeli beneficio salubrium regis munificentia perennium / Pleiadum que aliae quinque sat unde bibas.
Por cima do meu ombro, a voz suave de Manuel da Maia traduz: das cinco Plêiades, saudáveis por benefício do céu, perenes por mercê do rei, e as outras, de onde poderás beber abundantemente.»
CARLOS QUERIDO, A Redenção das Águas, p. 11.
17 maio 2014
VIAJAR COM AS PERNAS = VALA REAL DE AZAMBUJA E PALÁCIO DAS OBRAS NOVAS
Caros Leitores,
O reconhecimento do percurso, com vista à possível excursão de dia 24, foi feito por dois denodados membros desta Comunidade: 5 quilómetros para cada lado, entre a estação ferroviária de Azambuja e o Palácio das Obras Novas, cerca de 1 hora e 15 minutos de marcha a multiplicar por 2. Também é possível ir de automóvel ou de barco, desconhecendo-se a existência de outros meios de transporte. Para aguçar o interesse, aqui ficam algumas fotografias tiradas ontem.
14 maio 2014
NOITE EUROPEIA DOS MUSEUS
Este sábado, 17 de
Maio, será assinalada a Noite Europeia dos Museus.
No Museu Ferreira de
Castro, às 21 horas, será exibido o documentário «Vida e Obra de
Ferreira de Castro», de Faria de Almeida, seguindo-se uma visita conduzida por
Ricardo Alves, director do museu, e comentada pelo Prof. Vítor Viçoso *.
* Vítor Viçoso,
professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é director
da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo e autor
entre outros, de A Máscara e o Sonho: Vozes, Imagens e Símbolos na Ficção de
Raul Brandão (1999) e A Narrativa no Movimento Neo-Realista – As Vozes
Sociais e os Universos de Ficção (2011).
--- (Adaptado de um texto emitido pelo Museu Ferreira de Castro) ---
12 maio 2014
"SELFIES" E TÚMULOS
II Encontros
Ferreira de Castro, concelho de Oliveira de Azeméis. Os castrianos da nossa Comunidade à entrada da
biblioteca local onde apresentaram as suas originais, arrojadas e poéticas teses
sobre a obra do grande escritor de A
Selva e Emigrantes.
No dia
seguinte, no cemitério de Ossela, em redor dos túmulos de Diana de Liz e Elena
Muriel. REQUIESCANT IN PACE.
08 maio 2014
SÁ DE MIRANDA (1481-1558)
AO AMOR E À FORTUNA
Amor e Fortuna são
dous deuses que os antigos
ambos os pintaram cegos;
ambos não seguem rezão;
ambos aos mores amigos
dão mores desassossegos;
ambos são sem piedade;
ambos não lhes tomais tino
do querer ou não querer;
ambos não falam verdade:
Amor é cego minino,
Fortuna é cega mulher.
Amor e Fortuna são
dous deuses que os antigos
ambos os pintaram cegos;
ambos não seguem rezão;
ambos aos mores amigos
dão mores desassossegos;
ambos são sem piedade;
ambos não lhes tomais tino
do querer ou não querer;
ambos não falam verdade:
Amor é cego minino,
Fortuna é cega mulher.
06 maio 2014
ESTE MÊS É A DOBRAR: 30 de Maio na biblioteca e no dia seguinte na Feira do Livro
"O rei morreu. O dobre de finados dos 114 sinos do convento de Mafra espalha a notícia pelos céus do Oeste com uma cadência grave e desolada, que se propaga por um vasto território, para norte, entre a serra e o mar, até à vila das termas, até aos sinos de Nossa Senhora do Pópulo."
04 maio 2014
PELA GRAÇA É QUE VAMOS
Diz-se no Memorial do Convento, por estas ou outras parecidas palavras, que
cada qual procura, por seu próprio caminho, a graça. Difícil é acertarmos sobre
o que seja a graça, a dos teólogos ou a dos homens simples, aqueles cujo pensamento
raramente se eleva acima da sombra rasa dos seus corpos.
A graça pode ser uma mulher, ou um
homem, pode ser um poema ou uma canção, mas seja o que for é por ela que vamos
e é por ela que sempre nos salvamos.
D. João, quinto do nome na tabela real,
rei de arrojados propósitos, procurou a graça naquela sinfonia de pedra
desenhada por um arquitecto ourives, composta com a carne e o sangue de vilões e servos, volutas e capitéis triunfantes sobre a brutidade
arrancada aos veios de mármore de Pero Pinheiro, a mãe da pedra, Benedictione, as
pedras filhas que saíram das demais pedreiras do ditoso reino. Uma vila, Mafra,
que subiu do vale à montanha, cada letra um nome, outra variante possível,
talvez inexacta: m de maravilhosa, a de abnegada, f de feliz, r de religiosa, a
de albergue das estátuas dos santos, as que de Itália vieram, dezoito, uma
dúzia e meia de milagres de mármore transportados desde o porto de Santo
António do Tojal até à fábrica do alto da Vela, passando por Pintéus, Cabeço de
Monte Achique e Alcainça Pequena, entre eles os de São Domingos e Santo Inácio,
inspiradores de torturas humanas, ou, melhor dizendo, desumanas torturas, de
corpos o primeiro, de almas o segundo.
O
padre Bartolomeu Lourenço, Gusmão por vaidade, procurou a graça no voo de uma
passarola trágica, Ícaro que nem do Sol logrou aproximar-se, nave de sonhos,
ferro e vimes entrançados, uma vela preta, bolas de âmbar amarelo e duas
esferas de metal carregadas de vontades, nave ferida num declive rombo da serra
de Barregudo e Monte Junto, ali ao pé do cenóbio dominicano de onde saiu o
frade que quis violar, bem caro lhe saiu o apetite da carne, a filha da
feiticeira Sebastiana Maria de Jesus, um quarto de cristã-nova que não passou
despercebido ao olho vivo e jugulador do Santo Ofício.
Domenico
Scarlatti e a música do seu cravo, os anjos a ouviriam de bom grado, não fossem
eles mesmos os grandes músicos da corte celestial, sentados à mão direita e
única de Deus Pai com as suas harpas e liras, tocando como quem reza, que tudo
é música, se não é oração tudo, isto mesmo se diz a páginas tantas do Memorial do Convento. Não foi concedida ao
napolitano a graça de tocar no céu, a passarola voou sem ele e o seu cravo de
Abril, mas a sua música soou na casa que foi construída sobre a ponte de pedra
do rio Caia, Arno e ponte Vecchio peninsulares, cerimónia de troca das princesas.
Ouviu-a, sem saber que a ouvia, João Elvas, mendigo vagabundo que privou,
caminho do Alentejo, com um fidalgo da corte de D. João, explicador de coisas
que o explicando não podia entender sem a sua ajuda, ai dos que por soberba, ao
contrário deste fidalgo, não se chegam aos pobres de espírito e entendimento,
difícil será, para esses, encontrar os seus caminhos da graça.
E Blimunda, a que sabia ver, e Baltasar,
o que sentia as coisas, até a mão que lhe faltava, Vulcano e Vénus procurando-se na graça do amor e do desejo,
que sem um não existe o outro, embora não se saiba qual manda mais, qual está
antes e qual está depois, se é o amor ou se é o desejo.
Pelos caminhos da graça, procurando-a,
andaram os que viram o Espírito Santo a sobrevoar Mafra em dia de assombro e
maravilha. Não sabiam que o Espírito Santo só sobrevoa as cabeças do
apostolado, línguas de fogo desembargando as línguas falantes dos sobrevoados,
pedreiros, canteiros e lavrantes, oficiais e mestres-de-obra da fábrica real,
nenhum tomou o dom das línguas estranhas, português e do pior falavam, assim continuaram
a falar.
Procura da graça acrescida a do rei
magnânimo, fazer nascer o milagre catedralesco de São Pedro de Roma na Lisboa
de vielas e becos, Rossio na Rua da Betesga. É verdade que cada um procura a
graça por seus próprios caminhos, mas alguns são ínvios, infelizmente, como
este do grande rei, como aquele do povo trabalhador de Mafra.
Que caminho da graça foi o teu, António
José da Silva, judeu de comédias de bonifrates? Desceram sobre ti os gaviões de
São Domingos, não os de Rana, que estes são pombas sem fel, relaxado em carne ao
lado de Baltasar Sete-Sóis, voador de sonhos e quimeras, rastejante de trabalho
e dor, uma nuvem fechada no centro do corpo, viu-a Blimunda Sete-Luas e o seu
jejum revelador, mulher tão cheia de graça não há nem nunca houve na terra e
nos céus.
É pelo sonho que
vamos, disse o poeta. Pelo sonho e pela graça, porque o sonho está dentro da graça, como a poesia está dentro
do coração dos homens.
S.
Domingos de Rana e Comunidade de Leitores, 30-4-2014
03 maio 2014
"BARRANCO DE CEGOS"
Então os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: «Sabes que os fariseus ficaram escandalizados com o que disseste?». Jesus respondeu: «Toda a planta que não foi plantada por meu Pai celeste será arrancada. Não vos preocupeis com eles. São cegos guiando cegos. Ora se um cego guia outro cego, ambos vêm a cair no barranco.» Mateus, 15, 12-14.
Um dos nossos grandes romances do século XX ontem discutido no Clube de Leitura do Museu Ferreira de Castro, Sintra.
Subscrever:
Mensagens (Atom)