Representação do Minotauro num vaso ático de cerca de 515 a.C.
Querendo vingar-se de
Minos, Posídon, deus dos Mares (Neptuno para os latinos), fez Pasífae apaixonar-se
por um belo toiro. Da união ilícita nasceu o monstro Minotauro, figura de toiro
e homem.
Indignado com a
esposa, Minos mandou construir o Labirinto para nele encerrar o fruto do
adultério.
Diz Ovídio nas Metamorfoses, Livro VIII 159-168:
Celebérrimo pelo seu talento na arte da arquitectura, Dédalo
encarrega-se da obra, baralha os sinais e faz o olhar enganar-se
em retorcidas curvas e
contracurvas de corredores sem conta.
Tal como na Frígia o Meandro nas límpidas águas se diverte
fluindo e refluindo num deslizar que confunde, e, correndo
ao encontro de si próprio, contempla a água que há-de vir,
e, voltando-se ora para nascente, ora para o mar aberto,
empurra a sua corrente sem rumo certo, assim enche Dédalo
os inumeráveis corredores de equívocos. A custo ele próprio
logrou voltar à entrada: de tal forma enganador era o edifício.
3 comentários:
Ah o Labirinto! Onde há um Labirinto haverá certamente um fio ... será o de Ariadne ?
Pobre Ariadna, deu o fio a Teseu e foi por ele abandonada em Naxos.
E, nestes mitos, não se encontra o fio à meada?
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