Sobre o oportuno comentário de Leal de Góis, aí num "post" de há poucos dias, trago à colação esta tentativa poética de um tal "Disperso Escrevedor".
O poetastro viu o nu de Modigliani não há 40 anos, mas há apenas 9; e não ficou 15 minutos calado, falou em 16 versos:
Toco o teu corpo impudentemente puro
deformação expressiva
em almofadas de luminosos cetins
de escarlates sedas
e deixo-me ir na corrente líquida dos olhos
na embriaguez dos lábios
as mãos cheias do volume dos seios
Tacteio os músculos finos dos braços
dobrados em delta
sinto o anel da cintura
o recorte lume das ancas
a massa pujante das coxas
Repouso no centro do corpo
onde
o triângulo púbico
é um trapézio de Vénus
D.E.
Peço que o desculpem, o homem não sabe fazer melhor. A publicação original pode ser vista aqui:
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