«Subitamente, porém, Firmino deteve-se, fez um gesto rápido a Alberto e, tirando o rifle do ombro, apontou para a frente. Um tiro soou.
(...)
Firmino deteve-se um pouco mais além, a examinar a terra, as folhas dos arbustos e a espreitar para dentro da selva. (...)
- Escapuliu-se! Vamos! - gritou de lá.
Alberto aproximou:
- Que foi?
- Uma anta. Deve ter apanhado bala, mas não deixou sangue. Era do tamanho dum novilho.
- E come-se?
- Se se come! É da melhor carne que tem o Amazonas.»
--- FERREIRA DE CASTRO, A Selva, Capítulo V.
2 comentários:
Que excelente ideia este Bestiário!!!
Leste-me o pensamento, eu estava a anotar os nomes para fazer depois uma pesquisa :):)
Viva! Publica alguma imagem de que disponhas. Eu tenho para publicar sobre o pirarucu (ainda hei-de provar este peixe), o tamanduá-bandeira, a sucuriju ou cobra grande... É a terceira vez que leio A Selva, sempre me impressionou a Amazónia pletórica descrita por Ferreira de Castro. De notar que o livro foi escrito quinze anos depois do autor ter deixado o seringal "Paraíso" em 1914, então ainda adolescente. Para além da memória, houve certamente pesquisa científica para a elaboração do romance.
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