Engenheiro militar, desbravador do sertão brasileiro e fundador do Serviço de Protecção ao Índio é referido por três ou quatro vezes em A Selva. Ferreira de Castro dedicou-lhe o seu último romance, O Instinto Supremo, «uma epopeia de humanitarismo» que narra as condições em que se desenrolaram as expedições para pacificação dos parintintins da Amazónia - esses que em A Selva levaram as cabeças dos seringueiros Feliciano e Procópio. O princípio adoptado por Rondon e os seus grupos pacificadores era, em relação aos índios, «antes morrer do que matar». Se bem se recordam do Cap. XIII do romance, a uma pergunta feita ao guarda-livros Guerreiro sobre o que se faria para punir os índios pela morte de Procópio, ele responde: «Antigamente era costume organizar um grupo de homens bem armados e mandá-los em perseguição dos parintintins. Mas o Rondon escreveu a pedir que não se tornasse a fazer isso. E eu acho que o pedido é justo. Está provado que estes índios não têm medo e serão precisos muitos anos e muitos sacrifícios para civilizá-los. Mandar quatro ou cinco homens persegui-los, é trabalho inútil. Só lhes acirra o ódio e mais nada.»
1 comentário:
A resposta do guarda-livros é de uma visão extraordinária!
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