Falemos d’ O Conde d´Abranhos. Para começar, a carta-prefácio de Z. Zagalo,
ex-secretário do «varão eminente» e seu
humílimo biógrafo.
Esta carta é assim como um programa da narrativa a apresentar. O leitor percebe logo, e isso não lhe
diminui o interesse, com que tipo de discurso se vai deparar. Um discurso laudatório
sobre uma personagem pautada pelos valores fundamentais que alegadamente forjaram
a grandeza da Pátria.
Portanto, esperamos ver no Conde de
Abranhos o seu «ser moral», a sua «filosofia tão profundamente religiosa» e a «vasta
ciência política» adquirida, além da profunda devoção à família – nomeadamente à
segunda esposa, Dona Catarina, «um bálsamo» para a vida – e o seu reconhecimento
aos servidores estrénuos e dedicados como este impagável Z. Zagalo metido a
biógrafo da grande figura pública.
Sendo assim, vamos lá à leitura!
2 comentários:
Z. Zagalo, um fiel secretário a tentar glorificar o seu senhor, mas que nos vai descodificando todo o seu oportunismo e inabilidade ou melhor, incompetência :)
... Agora imaginem esta leitura, enquanto se analisa discursos de Salazar...
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