Peço às caras leitoras que conhecem as artes contabilísticas que comentem o capítulo XXII,
EDUCAÇÃO COMERCIAL.
Era eu aluno do Curso Geral de
Comércio (Escola Comercial Ferreira Borges) quando li este romance. Lembro-me
de ter conversado então com a minha professora de Contabilidade (Dra. Estela) sobre a forma ágil como o Carlos Whitestone conseguira entrar nos
segredos técnicos das partidas dobradas.
LETRAS A RECEBER
a VINHO,
o lançamento que lhe foi dado como exemplo de aprendizagem pelo experiente guarda-livros.
o lançamento que lhe foi dado como exemplo de aprendizagem pelo experiente guarda-livros.
Naquele tempo em que ainda não se
sonhava com o POC (Plano Oficial de Contas), fez-me notar a minha professora que o guarda-livros Manuel
Quintino trabalhava com uma subconta (VINHO) em vez de usar a conta adequada, MERCADORIAS.
Tempo espantoso em que os mestres de
Contabilidade conheciam os nossos escritores! Aqui presto a minha homenagem a
essa grande professora. Foi da sua boca que pela primeira vez ouvi falar de Vergílio
Ferreira e de Aparição. Estávamos na primeira metade dos anos sessenta. Professora de Contabilidade, não de Literatura!
4 comentários:
Louvo a tua Professora, mas não te posso ajudar. É uma arte que não domino...
Já não há POC, Manuel...agora é o SNC, com regras parecidas com as internacionais...
Sim, mas naquele tempo não havia nada (pelo menos que eu soubesse) que se assemelhasse a um plano oficial de contabilidade. Estudava por um manual de um tal Alberto Marta Louro, "Contabilidade Geral e de Empresas", sujeito que por sinal era professor da minha escola e que por ser completamente careca tinha a alcunha de Vitabolbo. Uma vez tive um quiproquó com ele e quis-me chumbar num exame de História no último ano do curso (era o presidente do júri). Só que os outros professores não deixaram e eu saí de lá com uma alta classificação. Grande vocação de historiador que se perdeu! :)
Muito curioso! Tanto o apontamento contabilístico, como a professora de Contabilidade que tb gostava de literatura. Outros tempos, em que a cultura, não tinha que ser estranha à especialização e que alunos de um curso comercial aprendiam História, Literatura, Filosofia...
Assim foi tb o meu pai: um contabilista, um TOC às voltas com o POC da altura, amante de todas essas ciências tão pouco exactas, mas tão humanas...
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