Volto ao Cap. 9 d´A Escola do Paraíso. Largo das Olarias, onde se situava o Teatro da Miquelina, «uma sala obscura, antiga cavalariça ou estrebaria» com o seu «negro portal» dentro de um beco. Perguntei a quem poderia saber e depois de alguma estranheza, ao ouvirem «antiga cavalariça ou estrebaria», indicaram-me o local da 3ª foto, dentro do tal beco. Não fiquei convencido, mas aí fica como hipótese de trabalho. A nespereira está carregadinha, mas não cheguei a provar... O que é que este capítulo tem de particularmente interessante? É nele que Gabrielzinho sente pela primeira vez o doce apelo de algo que não sabe explicar: «a atmosfera carregada de feminidade», «a qualidade poética e teatral» da casa da Miquelina com as boas sensações recebidas no convívio com as manas Perliquitetes. Até à descoberta do teatro, o choque entre a cor da poesia e a vida cinzenta dos simples ganhadores de dinheiro. Coisas sentidas, ainda não compreendidas. O pai, Sr. Augusto, é que não tinha dúvidas: «o Teatro é bom para pelintras e caloteiros», «a Contabilidade e Escrituração Comercial, isso é que é vida, e o mais são tretas.»
=Fotos de 16-4-2019=
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