Imagens da net - garça, jaburú, maguari
“…
Puseram-se a andar sobre a folhagem que alarmava a floresta com o range-range da
pisadura. Depois, Firmino deteve-se, levando o dedo aos lábios:
- Schiu! Agora devagarinho…
E mais além:
-Olhe, olhe!
Por uma fresta da selva vislumbrava-se pequena clareira – o chão negro
lamacento e sobre ele pernaltas de linda plumagem. Alberto reconheceu logo a
garça nívea e delicada, o jaburú tristonho, o maguari pensativo, como se se houvesse
despregado de um templo oriental – e outras mais, muitas outras que só memória
prodigiosa identificaria entre a variedade sem fim…
(…)
Indicando as aves esbeltas, que eram mimo de beleza na solidão
imperante, Firmino interrogou, pondo o rifle em linha de disparo:
- Quere que mate uma?
- Come-se?
- Para comer não vale a pena gastar bala…
- Então não mate.
…”
Ferreira de Castro, "A Selva", Capítulo VI
2 comentários:
Boa, Custódia, também tinha pensado nestes, mas como no texto é uma série de três, não me ocorreu pôr várias imagens. Mas ficou bem. Superior a passagem do texto em que se refere às aves:« a garça nívea e delicada, o jaburú tristonho, o maguari pensativo, como se se houvesse despregado de um templo oriental.»
Há uma história/lenda sobre o jaburú tristonho. Tenho que investigar ...
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