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«É ruim
fechar o olho da piedade… fica só o olho da maldade», frase de Pai
Jubiabá. Em língua ioruba (nagô), «Ôju ánun fó ti iká, li ôku!»
A história
de um homem e do seu amigo João Janjão, retirantes do sertão por causa da seca,
é contada no morro do Capa Negro pelo primeiro. Ele tinha matado o amigo que o
salvara da morte, transportando-o às costas na fuga do sertão. O amigo tinha o
olho da piedade bem aberto, ele não.
Uma parábola
do segundo capítulo de Jubiabá. O
homem que só tinha o olho da maldade vivia com a consciência atormentada pelo
seu crime. Contou-o ao pai-de-santo e a quem o quis ouvir.
«– Ele
tinha-me levado nas costas um dia todo… Ele tinha o olho da piedade bem aberto…
Eu quero tirar ele da minha frente e não posso… Ele está ali, bem ali, olhando
para mim.»
No fim, «o
homem levantou e desceu o morro levando a sua história.»
2 comentários:
Ah, as histórias do sertão ...
Do sertão, do morro, da cidade, do mar...
Acabei o capítulo "Moleque". Última frase:«Ia ao cais todas as noites e ficava espiando no mar o caminho de casa.» Muito bonito.
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