21 março 2014

DIA DA POESIA É QUANDO UM HOMEM QUISER

GAIO VALÉRIO CATULO (Verona, 84 a. C. – Roma, 54 a. C.)
Vivamos, minha Lésbia, e nos amemos.
Sem que o que digam murmurantes velhos
Importe para nós mais que uma palha.
Podem morrer e renascer os sóis.
A nós, quando se apaga a breve luz,
Noite é perpétua que dormir havemos.
Oh dá-me beijos mil, depois um cento,
Depois mais outros mil, e um outro cento,
Depois ainda outros mil, e mais um cento.
Depois, quando os milhares forem já muitos,
Erraremos a conta, a não saibamos,
Para que a inveja não nos leve a mal,
Sabendo quanto foi de beijos dado.

Versão de JORGE DE SENA, obtida aqui: http://viciodapoesia.com/2013/04/03/beijos-mil-o-poema-v-de-catulo/

5 comentários:

LÉSBIA, amante de Catulo disse...

Ou quando uma mulher quiser.

Custódia C. disse...

Belo o poema e oportuno comentário :)

Joca disse...

Ou como a poesia está a invadir esta tímida primavera :)

Maria Amélia disse...

Lindíssimo.

Maria Amélia disse...

Lindíssimo.