CAPÍTULO LXVIII
Ida dos moços que foram judeus à ilha de São Tomé
E no ano de mil quatrocentos e noventa e três, em Torres Vedras, deu el-rei a Álvaro de Caminha a capitania da ilha de São Tomé de juro e herdade; e porque aos judeus castelhanos que em seus reinos dentro do termo limitado não saíram mandou tomar por cativos, segundo a condição da entrada, todos os meninos e moços e moças pequenas que tinham, depois de os mandar tornar todos cristãos, os enviou à dita ilha com o dito Álvaro de Caminha, por tal que sendo apartados terem razão de serem melhores cristãos e haver por isso causa de a ilha ser melhor povoada, como por este respeito o foi em grande crescimento.
2 comentários:
Garcia de Resende narra o episódio em termos semelhantes - Capítulo CLXXVIIII da sua Crónica de D. João II, De como el Rey mandou a ilha de Sam Thome os moços que foram Iudeus.
Pouca cousa justifica a retirada dos filhos aos pais e muito menos a razão apresentada. Este "Príncipe Perfeito" andava longe da perfeição ...
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